sábado, 30 de agosto de 2008

Obra. O lego.

Há um ditado entre os viventes do jornalismo. "Se o mar de notícias está calmo, é porque vem tsunami". Foi assim, na quinta-feira, 21 de agosto, quando estava me preparando para almoçar e recebo a notícia de que o mundo estava, literalmente, caindo.

É difícil explicar a adrenalina de um momento como esse, porque quem é jornalista sabe: vc fica em pânico querendo dar as informações. Mas cada informação é uma missão diferente.

Quando um cenário de horror está em sua frente, não se sabe o que falar primeiro. Aquele lado humano tão raro nos jornalistas, acostumados ao horror em diversos graus, simplesmente te deixa estupefato: afinal, tu te perguntas, "que merda é essa"?

É complicado processar um monte de informações ao mesmo tempo e depois depurá-las, da melhor forma possível. Porque você se questiona o tempo todo sobre o que faria se estivesse esmagado sob os escombros o teu pai, o teu vô, o teu tio, e não aquelas pessoas estranhas à você.

Quando toda a adrenalina passa, resta a dor nas pernas, o cansaço, a vontade de chorar, o medo. E a certeza de que uma obra não cai por acaso. Não é um lego, não é obra o Sérgio Naia.

Acho que Novo Hamburgo vai sofrer os estremecimentos desta obra.
E muita coisa vai vir abaixo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Q horror, esse dia foi foda mesmo. Coitadas dessas família. Bjos, flor. Bem legal teu blog. Chica

Anônimo disse...

Pior. Acho que mta coisa vem à tona........ té mais, guria. Lemos